O Alter.Next 2022 já passou, mas o processo de aprendizagem (e diversão) nunca deve parar. Conheça através da experiência de lideranças em dados e analytics algumas das principais questões discutidas no evento.
Alteryx: Quais são os riscos associados aos dados e ao analytics? Quais podem ser as consequências negativas, mesmo quando temos boas intenções?
Professor Yuval Noah Harari, historiador, filósofo e autor de best-seller: Um perigo enorme é o colonialismo de dados. Para conquistar um país, não é necessário mobilizar um exército. Basta extrair os dados. Imagine uma situação em que informações de boa parte do mundo são coletadas e enviadas para um centro imperial, onde são usadas para desenvolver tecnologias sofisticadas, IA, algoritmos e máquinas inteligentes. E, depois, são vendidas para as próprias colônias.
Atualmente, observamos esse cenário se desdobrando em ritmo acelerado e o potencial é bastante assustador. Isso não é algo natural. Tudo depende das decisões tomadas por pessoas, engenheiros, técnicos e empresários.
Alteryx: Há muitas tendências importantes às quais as organizações precisam estar atentas. Onde está o foco das empresas diante de tantas mudanças?
Dan Vesset, vice-presidente do grupo de analytics e gestão da informação da IDC: os desafios enfrentados pelas indústrias são variados, mas um tema dominante que continuamos percebendo é a busca por mais agilidade. Na verdade, essa agilidade é o foco primordial em um cenário de instabilidade como o atual. Todos querem capacidade de agir mais rápido e tomar decisões fundamentadas por informações consistentes.
Alteryx: Como organizações podem evoluir ao longo das suas jornadas analíticas?
Dan Vesset, vice-presidente do grupo de analytics e gestão da informação da IDC: O segredo é começar a refletir sobre a análise como um processo, sobretudo que seja colaborativo com múltiplos integrantes reunidos. Como você avalia transferir o conhecimento dos cientistas de dados para analistas ou funcionários da linha de negócios? Como garantir a automação completa do fluxo de trabalho para que todos abandonem métodos convencionais e, de fato, apliquem a criatividade humana?
Alteryx: Quais são as dicas para implementar o self-service analytics?
David Sogn, vice-presidente e diretor global de data science e analytics da HCL Technologies: identificar os casos de uso que devem ser priorizados sem se preocupar tanto com a limpeza e qualidade dos dados para garantir a integridade absoluta. O processo iterativo e a descoberta de insights ocorrem enquanto grandes conjuntos de dados ainda estão passando por transformações ou correções. Por isso, sugiro uma cultura de experimentação com foco em resultados tangíveis.
Alteryx: Como a ABB emprega o analytics para mensurar e otimizar resultados?
Michael Peet, vice-presidente de FP&A da ABB: Estamos sempre concentrados nas principais métricas - indicadores como receitas, lucros, despesas e preços. O uso da análise também nos permite aprofundar o estudo de clientes, geografias e outros canais para identificar possíveis melhorias capazes de sustentar esses fatores-chave. Além disso, nos ajuda a tomar decisões específicas sobre grupos de produtos, linhas, etc., para melhorar ainda mais, desenvolver planos de ação e expandir continuamente nossos negócios para fortalecer a organização no futuro.
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